2019 promete ser o ano da recuperação do emprego; não do salário

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2019 promete ser o ano da recuperação do emprego; não do salário

As perspectivas para a economia são favoráveis para 2019: a expectativa de bancos e consultorias ouvidos pelo Banco Central é de uma expansão de 2,55% no PIB, segundo o último Boletim Focus. E se elas se concretizarem, 2019 será favorável para o emprego. Especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo apontam que muitas empresas estão com quadros e equipes reduzidas. Para atender à expansão da demanda vão precisar contratar pessoal.

A consultoria Tendências tem uma posição mais moderada que a média, projeta um crescimento de 2% no PIB, puxado pelo consumo familiar e pelo investimento privado. Para 2019, projeta a criação de 800 mil postos de trabalho formais.

Um ano de recuperação lenta dos salários

O desemprego elevado – 11,6%, segundo o IBGE – poderá resultar na contenção dos aumentos dos salários em cargos em que há grande oferta. Durante o período de crise, houve queda na remuneração de muitos cargos. Para 2019, a expectativa é, portanto, de uma recuperação lenta dos salários e mais restrita a funções que serão mais demandadas.

Nos últimos meses, o mercado de trabalho registrou uma melhora, baseada no crescimento da informalidade, onde os rendimentos são menores do que no trabalho formal.

Oportunidades

Os segmentos que mais sentiram os reflexos da crise foram a construção civil, a infraestrutura e a indústria. Desde 2015, esses setores fecharam 1,61 milhão de postos de trabalho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados.

O aumento de confiança nestes setores e a concretização da retomada podem criar um efeito multiplicador em outros setores.